Saudades

Belém, 15 de dezembro de 2011.

Tenho saudades das noites em que partilhamos de histórias e éramos amigos. Saudades de como te mostravas sempre humilde ante toda superioridade que havia nas nossas discussões tu dominavas as contendas e instaurava uma paz relativa.
Tenho saudades das idas e vindas no cidade nova 6, do modo como olhas para a janela e tem o pensamento distante. No começo foi difícil mas consegui uma parcial aproximação de forma que conheci um pouco do que tu és e tenho saudades disso.
Saudades de conversar, debater sobre os livros, filmes, preferências, nada parecia fútil vindo de sua boca enquanto tudo isso repetido pelo outro é-me insuportável.
Agora tenho saudades de ser aquele Diego de antes. Hoje todos vocês me desprezam. Eu estou só. Insuportavelmente só.

Dedicado a Deusa A.

O Poeta Solitário

Nenhum comentário:

Postar um comentário