Sinto-me assim...

São Luís, 17 de março de 2014.

Amor,

vários foram os dias que passei sem ti, e ainda hoje sinto-me sufocada.
Sei que em ti nada dói quanto a distância que hoje temos um do outro... Mas em mim tudo dói, é febril...
Dói em mim te ver de longe e não poder chegar perto... Porque hoje, ainda que perto, tenho que ser distante... E como dói ser distante...
Queria o calorzinho do teu abraço, a alegria do seu sorriso, queria me ver nos teus olhos como muitas vezes fiz em um tom de provocação... Porque, em outros tempos, tu me disse que isso te fazia bem: poder TE ver nos meus olhos.
É engraçado o quanto ri disso na época, mas hoje olho pra trás e sinto falta dessas coisas sem sentido que tu um dia me disse numa tentativa de ser romântico, talvez...
Hoje alguém me disse que você estaria por perto, e eu corri em tua procura porque pra mim era importante poder te ver de novo... Ainda que minha pele não pudesse ficar com teu cheiro outra vez... Parece que o visual hoje é tão importante... Parece que ele pode preencher vazios... Vazios enormes que você deixou, Mozzy.
Sinto-me sufocada pela conversa que um dia precisaremos ter... Porque, ainda hoje, nada faz sentido em minha cabeça e eu só sei dizer que sinto tua falta e é tão cruel a vida sem tua companhia, sem o teu carinho, sem você apertando com força minha mão no fim de um simples Pai Nosso...
Coisas pequenas que pra você nunca tiveram importância, hoje me fazem falta... E eu sufoco procurando você em outros olhos... Tentando me ver como eu me via nos teus.
Sinto tua falta... O resto é passado.

Rakastan Sinua.

Sol.

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